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Basta uma ida rápida ao supermercado para ver que há um aumento de preço de todos os produtos. O susto também é grande quando o botijão de gás acaba e na hora de abastecer o carro.
A questão é que diversos fatores no nosso país e no mundo estão empurrando os preços lá para cima, como a desvalorização da nossa moeda, causando a temida inflação.
Saiba porque tudo está tão caro e veja dicas para driblar esse momento.
Você já percebeu que os R$100 de hoje compram bem menos itens que os R$100 de alguns meses atrás? Isso significa a perda do poder de compra.
O poder de compra é a capacidade de adquirir algum produto ou serviço com uma quantidade de dinheiro, ou seja, o que você consegue comprar com um valor.
Se em alguns anos atrás era possível comprar 1kg de arroz por pouco menos de R$2, hoje é preciso desembolsar bem mais que isso pelo quilo do alimento.
Essa perda acontece por conta da desvalorização do real em relação ao dólar e também pela escassez no mercado interno. É por isso que os carrinhos de compras, e o bolso, estão ficando cada vez mais vazios.
Alimentos em alta no mercado e na conta de luz: qual o motivo?
Não existe somente uma razão para explicar essas altas, mas sim uma combinação de três fatores: inflação, real desvalorizado e oferta e demanda.
A gente te explica cada um deles a seguir.
1. Inflação
A inflação é um aumento de preço generalizado em diversas categorias de produtos e serviços. Ou seja, inflação alta significa que tudo fica mais caro.
O IPCA, que é o indicador que mede a inflação no nosso país, faz uma projeção da “cesta de produtos e serviços”, que é usada para entender o padrão de consumo das famílias brasileiras. Os bens e serviços que entram nessa lista são:
- Alimentação;
- Transporte;
- Educação;
- Vestuário;
- Habitação;
- Saúde;
- Despesas pessoais.
2. Real desvalorizado
Já faz um tempo que o dólar está ficando mais caro, mas o que isso significa para a população?
A desvalorização do real em relação à moeda americana faz com que o preço das commodities, como soja, milho, combustível e gás de cozinha, dispare. O motivo? Eles são cotados em dólar.
Com nossa moeda em baixa, os produtores preferem vender para fora do país do que atender o mercado interno, desequilibrando a oferta e demanda, que vamos explicar abaixo.
3. Oferta e demanda
Se tem muita gente procurando um mesmo produto, mas esse item está escasso nas prateleiras, não tem jeito, o preço aumenta. Isso é a oferta e demanda ficando instável.
Foi esse desequilíbrio que fez com que o aumento de preço disparasse no mundo todo. O que aconteceu foi que a maioria dos países deixou de exportar para “estocar”, por medo de faltar produtos básicos.
No nosso país, foi feito o contrário: a exportação aumentou muito visando aproveitar as oportunidades do mercado externo. O resultado? A demanda ficou maior que a oferta e os preços saltaram.
Como driblar o aumento de preço?
A organização financeira é importante em todos os momentos da vida, mas muita gente só se lembra dela quando as contas aumentam e o bolso aperta. E o caminho não é bem por aí.
Ninguém gosta de ver o carrinho de compras cada vez mais vazio mesmo gastando mais dinheiro. No entanto, para manter o orçamento doméstico em dia, algumas medidas podem ser tomadas para o seu bolso não sentir tanto.
1. Muito planejamento na hora das compras do mês
Certo mesmo é controlar tudo o tempo todo para que nunca falte nada.
Três atitudes podem ajudar a gastar menos neste momento:lista, substituição e pesquisa.
Obs. Morando sozinho, essa tarefa é mais simples, basta controlar o que gasta e o quanto ganha. Para quem vive em família, a solução mais fácil é montar um planejamento onde todo mundo participa.
Antes de ir ao supermercado, faça uma lista de compras com tudo que você precisa e não compre nada além disso. Também é possível substituir as marcas que entram no seu carrinho por outras mais baratas.
O terceiro ponto é a pesquisa de preços. Veja quais supermercados da sua região estão com os melhores preços antes de ir às compras. Dessa forma, a economia pode ser ainda maior.
2. Mude alguns hábitos
Não é só fora de casa que dá para economizar. Uma das vilãs da alta de preços é a energia elétrica, por isso, use-a com cautela, mudando alguns hábitos do dia a dia.
Apagar as luzes, tomar banhos mais curtos e retirar da tomada aparelhos fora de uso fazem a diferença na fatura de energia.
3. Fique de olho no orçamento
Fazer o planejamento das finanças pessoais é sempre importante, mas com o aumento de preço, um orçamento doméstico equilibrado é ainda mais essencial.
Esse controle faz com que você enxergue para onde vai cada centavo, assim, dá para economizar e enxugar alguns gastos que você nem imaginava.
4. Invista
Uma das formas de não perder o poder de compra é investindo. Com o aumento de preço de todos os produtos é muito importante ter uma reserva investida para que o dinheiro não perca valor e você consiga manter seu poder de compra.
Fazendo isso, seu dinheiro não sofre com a desvalorização e o investimento repõe o que foi consumido pela alta dos preços.
Por que é tão importante organizar o dinheiro dentro de casa?
A resposta é bem simples: porque planejamento e organização financeira te fazem enxergar para onde vai cada centavo.
Quem tem controle faz as contas caberem no orçamento, foge dos exageros, consegue perceber gastos desnecessários e as oportunidades de economizar.
Isso tudo é importante para que a família não brigue por causa de dinheiro, não passe aperto em horas difíceis e consiga criar até mesmo uma reserva para o futuro.
O planejamento também deixa bem claro para todo mundo qual é a realidade financeira dentro de casa, se as contas estão de acordo com ela ou se será preciso cortar algumas coisas para que não falte nada.
Dicas para organização financeira
1- Conheça a renda familiar e analise todas as despesas
Não precisa ser especialista para montar o controle financeiro. Basta pegar o computador ou celular e fazer uma planilha, ou simplesmente anotar tudo no caderno.
Aqui não tem segredo, basta fazer duas coisas: anotar o que entra para descobrir qual é a renda familiar e listar o que sai para entender se essa renda é suficiente para pagar as contas.
Para controlar bem, todos precisam falar abertamente sobre salário e gastos individuais, mas não esqueça que não é momento de discutir e sim anotar para onde está indo o dinheiro da família.
2- Avalie o que pode ser cortado
Depois de definir o orçamento e listar o que se gasta é hora de conversar sério sobre cortes. Se a missão é apertar o cinto, faça uma reunião e mostre quais são os custos que todo mundo pode viver sem. Aqui entram:
- assinaturas de serviços como Spotify e Netflix;
- pacote de Internet, telefone e celular;
- compra de roupas, brinquedos, artigos de lazer;
- idas ao cabeleireiro, jantares fora de casa, passeios no final de semana.
O melhor jeito para evitar discussão é decidindo junto. Assim todo mundo opina sobre o que é ou não importante para a família. Lembre que a ideia não é ser radical, o objetivo é equilibrar as contas e diminuir pequenos exageros.
Para ter sucesso nessa missão, lembre-se de duas palavras bem importantes: autocontrole e disciplina.
3- Converse com todo mundo
Se a sua família é teimosa e não está a fim de colaborar, reforce a importância dessa organização financeira.
Tenha calma e paciência para explicar que a mudança vai diminuir dívidas e fortalecer o sentimento de união dentro de casa.
Aproveite esse papo para reforçar outro ponto bem importante: o planejamento financeiro não permite segredos. Toda a família precisa ficar a par das dívidas, empréstimos e qualquer outro desafio que envolve dinheiro.
4- Feche a torneira e apague a luz!
Não dá para montar uma lista de dicas para economizar em casa sem lembrar daquelas velhas broncas de pai e mãe, não é mesmo?
Quem cresceu ouvindo “feche a torneira”, “sai desse banho logo” e “apaga a luz antes de sair” agora consegue entender a importância. Mesmo que sejam gastos muito pequenos, no final do mês fazem a diferença, e é por isso que os pais cobravam tanto!
Agora chegou a sua vez. Fique de olhos bem abertos dentro de casa e converse sobre desperdícios. Mas tenha calma, é melhor uma conversa que explique a importância de economizar do que dar ordens sem explicação.
5- Reveja onde a família faz compras
Se costuma comprar no supermercado perto de casa, mas sabe que no bairro vizinho tem concorrentes com preços melhores, por que não dar uma chance?
Às vezes essa comodidade pode estar custando caro. Tenha a disposição de mudar alguns hábitos e locais de compra para gastar menos.
Essa dica não vale só para o mercado, mas para a padaria, farmácia e até na hora de pedir comida.
6- Comece praticando o controle de gastos durante 30 dias
Que tal fazer um teste? Nós criamos o desafio para economizar durante 30 dias, que é bem interessante para colocar em prática as dicas que você viu até agora.
Não esqueça de chamar o pessoal para participar, para que todos vejam na prática o resultado do esforço que está sendo feito.
Depois de organizar as contas de casa e começar um plano para economizar, nada melhor do que poupar, não é mesmo?
Quem poupa consegue fugir do aperto financeiro em momentos delicados e se preparar para um futuro mais confortável.
Fonte Organização Financeira PagSeguro
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