Créditos de Imagem – Pixabay e Flickr
Vários religiosos que entram na política apresentam-se como propagadores da restauração da ordem, fazem discursos ferrenhos à corrupção e aos pecados inerente a todo ser humano. E se apresentam como exemplos e querem impor seus dogmas em todos os campos, como salvadores diante do apocalipse.
No Congresso Nacional existe a chamada bancada evangélica, cujos integrantes supostamente se unem em votações com posições de interesse em comum. Esses políticos usam sua identificação com a comunidade religiosa mais para eleger-se. Uma vez no poder, como exemplo temos o caso do pastor Everaldo que defendem apenas os seus interesses próprios.
Religiosos na política não são garantia de bom comportamento, muito menos a solução para a moralidade, na política ou na vida. O que vemos na verdade, são políticos que se apresentam como bastiões da moral que caem nos mesmos pecados de todos os mortais.
Muitos se escondem na farsa do pé de barro, para venderem como os tais homens de Deus, não se esqueçam de Flordelis, o que pregava não é era exatamente o que vivia, na verdade sua vida e de toda família, era uma vida de mentira, uma vida de omissões, uma vida sem amor, uma vida voltada praticamente pra si, pelo dinheiro, riqueza e fama.
Não é proibido a ninguém que participa da política ter a sua própria crença, a religião é livre. Mas usar a religião para impulsionar a carreira política, atacar aqueles que não compartilham da sua denominação religiosa, é um crime contra a democracia.
A primeira dama Michele Bolsonaro em uma postagem, atacava o ex-presidente Lula e as religiões de origem africana, onde dizia o seguinte texto: “Lula já entregou a sua alma para vencer essa eleição. Não lutamos contra a carne e nem o sangue, mas contra os principados e potestades das trevas. O cristão tem que ter a coragem de falar de política hoje para não ser proibido de falar de Jesus amanhã.”
Segundo a Coalizão Negra por Direitos, associações como essas são racistas, extrapolam o limite da liberdade de expressão e têm o objetivo de indignar e gerar ódio.
Em nenhuma democracia no mundo existe a bancada religiosa no Congresso, com exceção, em países extremistas como no Irã, numa falsa democracia. No Estado Laico como o Brasil, a religião na política vai contra os seus princípios, conforme está registrado na Constituição de todas as democracias do mundo, incluindo a brasileira.
A falta de conhecimento sobre outras culturas agrava a intolerância religiosa no Brasil.
É preciso que o Brasil invista mais em educação e contra xenofobias, crime previsto por lei desde 1997, porém a perseguição religiosa ainda é de difícil tipificação criminal.
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